O estado em que VIBRO atrai a minha TRIBO 

Desde de quem me lembro de ser pessoa, por volta dos meus 7 anos, a minha avó cantava pela casa toda. Dizia que “quem canta seus males espanta”. Enquanto cantava, limpava. Tinha sempre um incenso a queimar no queimador e pedia-me para eu passar por cima do fumo. E ela cantava e orava, feliz e convicta que a vida seria mais leve e alegre se o fizesse.

 Nunca duvidei e nunca questionei o seu ritual, o que é de estranhar porque sempre fui aquela criança que não se cala com os porquês. Era como se aquilo tivesse nascido comigo. Sabia que estávamos simultaneamente a limpar a casa e a celebrar. Uma celebração de gratidão pelo abrigo, alimento e amor que é o LAR.

A avó partiu. O meu coração ficou sempre apertado. Ela era a minha tribo!

A casa ficou vazia de alegria. Os membros da família viviam vidas separadas. Talvez tivesse sido sempre assim, mas aos meus olhos de menina já não havia um lugar ao qual chamar de lar. Todos falavam mas ninguém se entendia. Ninguém falava de amor, nem acreditava em magia.

Eu cresci, fiz me mulher e continuei com o ritual. Mas veio a razão e começou a boicotar. Deixei de o fazer de uma forma formal e a gratidão ficou esquecida.

Uns anos mais tarde, já casada e com um filho de dois anos, o meu pai partiu, o resto da família virou-nos as costas e levou-nos a casa também. Fiquei destruída!

Andávamos loucos à procura de casa, mas nada razoável surgia. 

Foi quando, deixe cair. Larguei a razão e deixei de lutar, de procurar. Entreguei-me ao divino. Sentada em frente ao mar, cantei para Iemajá, como a avó fazia, chamando a alegria. O meu coração chorou de gratidão pelas pessoas que passaram na minha vida, por aquelas que ainda estão aqui. Pela alma maravilhosa que escolheu nascer de mim e chamar-me de mãe. 

Sentada nesse banco de pedra, apercebi-me do que estava escrito bem por baixo de mim: “eu acredito”.

Eu acredito! Gritou a minha Alma, viva e abençoada!

Senti instantaneamente a presença da minha tribo, a presença da criança que eu era a cantar com a avó, versos de alegria, palavras de amor.

Era fim de Setembro, dia do Equinócio de Outono quando isto aconteceu. No início de Outubro, a Saala Yoga (o meu estúdio de yoga) encheu de gente bonita, um anjo em forma de aluna encontrou a casa que tínhamos idealizado, sem tirar um pormenor.

Impossível não acreditar!

Eu acredito que a minha tribo é grande e poderosa! Desde esse momento nunca mais deixei de acreditar. Ela é constituída por seres de luz de múltiplas dimensões.

Todos temos uma tribo. Abrir as portas do coração a ela é viver em gratidão!!

Os equinócios e os solstícios são alturas especialmente favoráveis para nos conectarmos com a nossa tribo. São tempos em que o véu entre dimensões é fino e podemos conectar-nos facilmente com os nossos ancestrais. 

Neste Solstício de Inverno, que se aproxima, prepara um ritual, com música, limpa a casa, acende o defumado com incenso, salva e alecrim. abre as janelas todas, veste roupas largas e coloridas. Dança, canta e chama a tua tribo. Deixa entrar o Amor, e com ele todos os membros da tua tribo.

No fim, senta-te em meditação. Guias, Anjos, Ancestrais e Irmãos de alma. Convida-os para o teu reino! Ajusta ponteiros com a sua ajuda, larga preconceitos, abre-te ao desconhecido e conhece-te verdadeiramente.

Eu acredito em Ti.

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